segunda-feira, 26 de abril de 2010

[Long] Kawarazu Aishiteiru - 5° Capítulo - Love?

O tempo foi passando cada vez mais, quando vimos o Uru estava com 15 anos, já estava no 1° colegial. O Aoi estava 16 no 2° colegial.


Uru POV mode on

Agora eu estava totalmente loiro, será que o Ru-chan vai me matar?
Ele sempre teve o estilo mais alternativo, mas será que ele vai ME deixar ficar desse jeito ? Bom agora não importa tanto, meu cabelo já estava totalmente loiro.
Eu já usava um corte alternativo, totalmente repicado mas agora loiro, quase branco é bem diferente...

Cheguei em casa de fininho, fui ate o Taka e o abracei , na hora ele percebeu. Merda.

- TAKASHIMA KOUYOU, POR QUE O SEU CABELO ESTÁ LOIRO?

- Ah, Ru-chan é que eu... Gome

O escutei suspirando, acho que desta vez eu iria apanhar

- Devia ter me ligada pedindo pelo menos!

- Mas você iria falar não ....

- Quem disse ?

- Eu pensei ... que ...

- Baka, sabe que sou a favor da sua liberdade de expressão, mas, custava ter avisando antes?

O abracei sorrindo, é verdade o chibi nunca falaria não para mim, eu era o bebe dele. Sim eu era a pessoa mais mimada desse mundo, mas segundo o Ruki tudo era culpa do Reita.

Eu sabia que havia sido largada por minha progenitora quando tinha quatro anos de idade, em todos esses anos nunca tive vontade de saber quem era ela, nunca liguei muito pra isso

Sempre tive o Ruki e o Reita, não precisava de mais nada, eu realmente era feliz junto deles.
Resumindo, eu era o garoto filho de um advogado e de um administrador de uma empresa, sim eles eram gays. Sou a pessoa mais feliz do mundo.

Tenho o Aoi sempre ao meu lado, meu melhor amigo. Ele era como o meu guarda costas, ontem uns meninos queriam bater em mim, o Aoi me protegeu. Ele era simplesmente o melhor, eu o admirava, muito.

Quando eu tinha uns oito anos, o Rei-chan me deu uma guitarra, foi um dos melhores presentes da minha vida. Claro que é um dos, o Usa-chan foi o primeiro.

Aliviado de não receber uma bronca do Ruki, fui ate a casa do Aoi, havíamos combinado de sair junto à tarde, bom, na verdade iríamos caminhar até a praia mais próxima e ver o pôr-do-sol como sempre fazíamos.

Nem precisei bater na porta, ele ia abrindo a porta e andando. Demos de frente um para o outro, acabei caindo em cima dele. Corei com a proximidade, mas logo me levantei.

Percebi que ele havia corado também, começamos a rir da situação. Pegamos a moto do Aoi e fomo ate a praia ela estava deserta, estava... Perfeita.

Sentamos-nos na areia, bem próximos do mar, ficamos vendo o sol se por, hoje o pôr-do-sol estava espetacularmente incrível.

Tinha uma mistura de laranja com vermelho e um pouco de rosa, sei que é meio clichê, mas estava realmente perfeito.

Quando olhei para o Aoi, eles estavam er... Fitando-me, não pude deixar de corar, ele riu um pouco.

Quando ele se virou para o sol novamente, os raios solares simplesmente iluminaram a face dele como se fizessem parte do rosto escultural, parecendo ser esculpido a mão.
No que estou pensando? Ele é o meu melhor AMIGO!

Aoi POV mode ON

Senti o olhar dele sobre mim, estremeci. Não olhei para ele, se não, ele iria virar a face, mas ele fica tão fofo corado, digo ficava bonito. Ah mas que droga!

Nas ultimas semanas, ele não sai de minha mente. Pra quem estou mentindo? Ele NUNCA saiu de minha mente desde o dia em que nos conhecemos.

Ele era tão pequenino e frágil, olhe só agora! Que transformação... Estava alto, sem falar do corpo escultural.

Mas ainda seus atos, pelo menos comigo, eram sempre do jeito dele, sempre o jeitinho do Kou. Ele é a melhor pessoa que já conheci em toda a minha vida.

Quando meus pais morreram no acidente, fiquei pensando o porquê eu não tinha morrido junto. Foi quando o conheci, minha vida mudou totalmente.

Parecia que minha vida ficou completa a partir do momento em que ele me puxou para brincar naquela tarde. Como se fosse o meu sol numa manha nublada, como se fosse o meu... Mundo.

É incrível, com apenas um sorriso dele, eu esqueço qualquer coisa que esteja me aborrecendo. Qualquer coisa.

Sempre tento ter a aparência de que sou forte, mas ele me conhece por dentro. O jeito que ele fala comigo, é diferente eu sei.

Com ele eu posso ser eu mesmo, porque eu sei que com ele eu posso ser verdadeiro, porque ele é verdadeiro comigo.

Oh Kami-sama! Será que eu o amo?!

[Long] Kawarazu Aishiteiru - 4ª Capítulo - Time

Ele afirmou com a cabeça e logo me trouxe, medi a temperatura do bebê e viu ele estava com 38,9º era muito alta!

O Koi correu com o carro até a farmácia mais próxima, depois de uns cinco minutos ele voltou com o remédio.

Fiz o meu bebê acordar, lhe dei o remédio, ele me pediu colo o carreguei me sentei na cama, fiquei olhando se a febre dele baixar, com o passar do tempo o rostinho dele ficar menos coradinho, melhorando a expressão dele.
O botei novamente na cama, olhei para o relógio 3:30 da manhã, ta, vida de mãe não é fácil.

O coloquei no meio entre eu e o Koi, ele dessa vez se agarrou no Rei, o Rei acordo e viu o chibizinho agarrado a camisa dele, sorriu igual a um tonto.

Acho que foi a primeira vez que o vi sorrir daquela forma, ele se virou com cuidado e ficou olhando o Kou dormir, me deitei na cama e logo peguei no sono.

Só acordei quando senti alguém acariciando o meu rosto, abri lentamente os olhos e vi o meu bebê.

- Te acordei mamãe? Gome - fazia uma carinha de arrependimento

- Não, não, acordei sozinho - sorri e acariciei a mãozinha dele em meu rosto

Isso bastou para que ele abrisse o sorriso mais lindo que já vi em toda a minha vida.

- Ta se sentindo melhor?

- To sim o Kou-chan ta bem agora

Sorri novamente, como ele consegui ser tão fofo?Levantei e fui fazer o café como de costume.

O tempo foi se passando, como não sabíamos quando o Kou-chan tinha nascido resolvemos comemorar o aniversário dele no dia em que o encontramos, ou seja, dia 9 de junho.

Estávamos chegando perto do dia 9 de junho, resolvemos fazer uma festinha para o Uru, afinal ele merecia! Ele iria fazer 5 aninhos.

A sim, o Yuu havia dado o apelido para o meu Kou de Uruha, ele o Uru deu apelido para o Yuu de Aoi, eu particularmente achei muito fofo os dois fazer isso.

Eu havia posto o Uru numa creche para ele fazer novos amiguinhos, ele adorava a creche.

Voltava todo o dia animado e feliz. Então resolvemos convidar uns amigos do Uru e fazer uma festinha para ele.

Bom, acho que até agora eu não havia contado para vocês, mas eu estava me formando em administração, mas daqui a dois dias teria o meu diploma e já tinha um emprego garantido

Era bom que o Uru se acostumasse mesmo com a creche, estávamos todos felizes, o Aoi não sai de casa, quando chegava da escola logo vinha aqui em casa. O Uru adorava o Aoi, era tão divertido ver os dois juntos.

Como eu já havia dito é MUITO bom tem um noivo advogado, ele conseguiu pra mim um emprego para trabalhar só meio período, ou seja, à tarde eu estava livre para ficar com os pequenos.

Eu achava tão legal o Uru já querer aprender o que o Aoi sabia, e ele por sua vez tinha o maior prazer e toda a paciência do mundo com o meu bebê.

No Dia 9 fizemos a festinha em casa, umas quinze crianças correndo pelo apartamento inteiro, brincando e gritando.

Ou eu estava velho ou elas gritavam demais! Na hora de cantar parabéns, o Aoi segurou o Uru no colo.

Por que será que eu sentia que nunca o Aoi iria se afastar de meu pequeno

O Kou estava tão feliz, animado, mas doce como sempre, quando todos foram embora o Kou pediu para o Aoi dormir em casa, eu deixei, mas os dois iriam dormir na sala. Os dois nem ligaram pra isso.

É acho que eu estava sendo trocado pelo Aoi, ri desse pensamento.

Apos deixarmos a casa em ordem os meninos tomaram um banho, foram para sala assistir televisão. Eu e o Aki estávamos acabados, totalmente.

- É criança demais por um dia! - ele reclamava enquanto se jogava na cama

- Olhe por esse lado, foi só HOJE! - retruquei enquanto fazia a mesma coisa que ele

- Ainda bem nee! - ele sorriu e me deu vários selinhos

Tomamos um banho, logo o Koi for dormir. Fui dar uma olhada nos meninos, os dois estavam capotados no sofá, o Kou agarrado ao Aoi e o Yuu o abraçando carinhosamente.


Sorri e voltei para o quarto o Aki já estava dormindo.

O tempo foi se passando, o Kou entrou na mesma escola que o Aoi, agora sim aqueles dois não se desgrudariam mais. Eles tinham uma diferença de um ano e meio mais ou menos.

Mas, o meu bebe havia crescido bastante. Com treze anos ele já estava maior do que eu. Com certeza eu fiquei puto com isso, eu realmente gostava de ter alguém menor do que eu.

[Long] Kawarazu Aishiteiru - 4º Capítulo - Mine Son

Depois de dois toques ele atendeu

- Reei-chan, conseguiu ?

Ele começou me contando que a mãe dele o registrou com uma identidade falsa, ele acredita que ela nem era a mãe real do Kouyou, então tudo ficou mais difícil para se resolver, admito fiquei muito preocupado.

Ele ficou em silencio, meu coração apertou, Kami-sama por favor me deixe ficar com o Pon, onegai. Fechei os olhos esperando o Aki falar mais alguma coisa.

- Mas Aki nós não conseguimos então? – perguntei de uma vez para acabar com o silêncio

- Baaaaaaaaaka.

- Espero que você tenha uma boa razão para falar isso Suzuki Akira.

- Nee, REALMENTE acha que eu NÃO iria conseguir? Tudo para o meu chibi ne!

-AWW, HONTO ?

- Haai, hai...

- O Kou é meu então?

- Ele é nosso chibi, nosso.

Comecei a rir, eu amava tanto aquele tonto, mas o Kou era o MEU bebê, vamos deixar bem claro. Hai, hai era um pouco do Reita, mas só um pouco.

Kouyou começou a fazer uma carinha de choro, olhei para ele pelo retrovisor e sorri. Ele me correspondeu com um sorriso tão lindo. Ah, agora sim. Ele era meu!
O Rei começou a falar que só por que havíamos conseguido eu poderia comprar bastante coisas, mas que eu maneirasse um pouco. Afinal é ele que paga o cartão no final do mês, suspirei, fiz um biquinho e respondi que iria pensar no caso dele. Tenho certeza que nessa hora ele sorriu. Começou a perguntar como o Pon estava, e se eu estava cuidando dele.


- Sim, sim, claro que estou cuidando dele, agora estamos indo para o shopping nesse momento. okaay Koi até mais tarde.
Desliguei, olhei pelo retrovisor e vi o Yuu e o Kou, agora, brincando com os coelhos. Sorri novamente, agora ele era o MEU bebê, oficialmente.


Ta, Ta também era o bebê do Reita Mas era mais Meu. Sorri com a brincadeira tonta.


Logo chegamos ao shopping, desci todos do carro o Kou veio e pegou em minha mão, ele não sabia se segurava o Coelho digo o Usa-chan, sim até nome o coelho já tinha. Ou pegava na mão do Yuu.

Ofereci-me para carregar o Usa-chan dele, ele sorriu e deixou, pegou na mão do Yuu percebi que meu bebê havia gostado muito do Yuu, que bom.

Fomos a várias lojas, resolvi comprar roupas para o Yuu também, era injusto ele ficar vendo só o Kou ganhar coisas.

Os dois ficaram horas experimentando e escolhendo roupas para eles era a maior diversão, depois de várias compras de roupas, fomo até uma grande loja de brinquedos.

Ao chegarmos à loja de brinquedos, os meninos correram para dentro, escolhendo um monte de coisas.

- To vendo que a sua fatura vai ser grande no final desse mês chibi! - Kai começou a brincar.

- O Aki que paga tudo mesmo, além do que ele autorizo hoje - sorri orgulhoso de meu noivo

Droga, havia-me esquecido, preciso comprar umas coisas de crianças. Tipo cadeira especial pra ele e tudo mais, e provavelmente uma cama maior para mim e o Rei, fica apertado nós três e tenho certeza que ele não vai querer ir dormi sozinho.

Depois de MUITOS brinquedos comprados, fomos até a loja de imóveis, comprei uma cama king size pelo menos eu não ia quase cair da cama novamente.

Eu estava realmente exausto, fiquei o dia todo correndo atrás dos pequenos e o Kai me ajudando a olhá-los. No fim do dia, eles acabaram nos convencendo a comprar sorvete.

Nota mental: O Kou esta ficando realmente mimado, ainda é tudo culpa do Reita, claro.

Depois do sorvete decidimos que já estava na hora de irmos embora, com um pouco de dificuldade colocamos todas as sacolas e os embrulhos no porta-malas, ele ticou totalmente lotado.

Coloquei os meninos no banco de trás, coloquei o cinto e fui para o banco de passageiro. Logo o Kai começou a dirigir, depois de uns dez minutos já estávamos no estacionamento de nosso prédio.

Desligamos o carro, subimos com todas aquelas sacolas, é talvez eu tivesse exagerado um pouco, talvez. O Kou segurava uma sacola onde estava o próprio coelhinho dele, ele estava todo orgulhoso porque estava ajudando a carregar tudo.

Pra criança é tudo uma maravilha, sorri. O elevador abriu entramos em casa, separamos as sacolas do kou e as do Yuu.

O Kai teve que prometer que traria o Yuu amanhã para brincar com o Kou, se não o Kou ia começar a chorar. Kai se deu por rendido depois da segunda ameaça de choro.

Depois da promessa do Kai junto do Yuu pegaram as sacolas e foram embora para o apartamento deles.

O Kou já estava dormindo junto das sacolas no sofá, mas ainda estava agarrado com o Usa-chan. Não largou dele desde que o ganhou, fiquei contente.

Coloquei-o na cama e fui guardar tudo, Droga, esqueci o bendito guarda roupa! As minhas roupas e as do Rei ocupavam quase tudo, agora com as roupas do bebê junto...


Vou ter que comprar outro. Amanhã eu ligo pro Rei e ele vai ver isso, por enquanto vou arrumar as que cabem no guarda roupa mesmo.

Depois de arrumar as roupas que davam pra ficar no lugar, vi que ainda não tinha colocado nem a metade das coisas que compramos. E ainda tinham os brinquedos do bebê. Certo, tenho que comprar um guarda roupa e um baú de brinquedos, de preferência o maior que tiver. Admito exagerei nas compras.


Mas não posso evitar, quero cuidar, mimar o meu bebê o máximo que eu puder! Afinal ele é meu mesmo.

O Kou estava dormindo, quando ele acordasse, eu iria dar um banho e o faria jantar alguma coisa.

Estava cansado ao extremo, deitei no sofá junto do pequeno e quase dormi também, mas antes que pudesse pegar no sono, o Rei chegou, quase tropeçando em algumas sacolas, ainda bem ele havia trazido o jantar. Ele é um amor.

Levantei cuidadosamente para não acordar o Kou fui até o meu Koi e o beijei, ele retribuiu, mas logo veio aquele olhar.

- TAAAAAAA, eu exagerei!

- Que bom que sabe, mas como eu liberei hoje... Mas até que eu estava esperando mais coisas sabe...

Sorri e o abracei ainda bem que ele me conhecia muito bem, Ele acabou me ajudando a arrumar um canto para os brinquedos.

Fomos jantar, era ótimo ter o Kou em casa, mas eu não tinha muito tempo com o Koi mais, eu sentia falta disso.

Depois de jantar, fomos tomar um banho, dei uma espiada em meu bebê, vi que estava num sono profundo, acaricie os cabelos dele e lhe dei um beijinho na testa. Ele ficava tão fofo dormindo agarrado ao Usa-chan. Agarrava o Usa-chan como se fosse a minha camisa, sorri

O Rei havia acabado de entrar no banho, bom o bebê estava dormindo profundamente, então não faria mal brincar um pouco com o meu noivo. sorri, mas dessa vez maliciosamente.

Entrei no banheiro, fui até ele com roupa e tudo mesmo, mordi o pescoço dele senti-o estremecer, bom acho que nem preciso mais falar o que aconteceu, deixo livre para a imaginação de vocês, acabei tomando um banho junto com ele, o abracei forte e sussurrei

- Koishiteru

((explicação: Koishiteru: é uma declaração de amor muito forte em japonês, seria algo do tipo: eu te amo e quero passar o resto da minha vida com você, vagamente explicando é isso.

Ele sorriu

- Koishiteru mo watashi no tenshi.

((explicação²: Koishiteru mo: significa que ele compartilha o mesmo amor. Watashi no tenshi: seria, meu anjo. Etto, não tenho certeza se é isso mesmo porque essa foi uma adaptação do japonês.

Sorri, esse era o meu noivo, todos achavam que ele era duro demais, na verdade ele é mais doce, que até o meu próprio Kou-chan, no fundo.

O abracei mais forte, terminado o banho me enxuguei e me troquei fui dar outra olhada no bebê, ele estava meio coradinho, coloquei os lábio na testa dele e notei que a temperatura dele estava bem acima do normal.

- Ne, Koi pega pra mim o termômetro onegai ?

Ele afirmou com a cabeça e logo me trouxe, medi a temperatura do bebê e viu ele estava com 38,9º era muito alta!

[Long] Kawarazu Aishiteiru - 3° Capítulo - Friends

Aquele sorriso era totalmente contagiante, tive de sorrir também. Tive de tomar outro banho, já estava ensopado mesmo, quando terminei de me trocar a campainha tocou, o Kou correu até a porta, e ficou pulando para ver se consegui alcançar a maçaneta .

Comecei a rir quando vi, olhei pelo olho mágico e vi o Kai junto dele havia um menininho abri a porta e cumprimentei o Kai, o menino se escondeu atrás o do Kai, sorri ao ver o quanto ele era envergonhado


O Kou logo foi do lado do menino, sorrindo como sempre.

- Ne ne, qual o seu nome?

- Meu nome é S..Shiroyma Y..Yuu

- O meu nome é Takashima Kouyou!

Achei tão fofo o meu bebê se apresentar, pedi para que eles entrassem em casa. Kou foi correndo até a sala, com essa camiseta ele se locomovia melhor, quando ele viu que o Yuu não o seguiu, volto e o puxou

- Vem brinca vem!

O menino demorou um pouco mais cedeu quando viu o sorriso do Kou concordo com ele, é impossível resistir aquele sorriso.

Nota metal: O Pon ta ficando mimado. Culpa do Reita, ainda.

Sentamos no sofá enquanto os dois sentaram no chão, aos poucos fui vendo Yuu ir se soltando com o Kou, aquilo me deixou aliviado, afinal eu sei muito o bem o que aquele pequeno estava passando.

Kai e eu conversávamos, animadamente. Até que me lembrei da razão de ter chamado o Kai, pedi para ele ficar um pouco com as crianças até que eu voltasse com pelo menos uma muda de roupa para o Kou, dai sairíamos todos juntos para comprar o resto das roupas.

Ele concordou, eu logo desci e peguei o meu carro, corri para o shopping e fui para a loja de roupas para crianças mais proxima.

Falei com a vendedora, e logo ela me mostrou metade da coleção de roupas. Droga, eu queria levar todas para o meu bebê.

Tenho certeza que todas ficariam lindas! Cara, o que eu to pensando? Isso foi muito um pensamento de mãe, que se foda eu sei que ficariam lindas mesmo.

Acabei levando uma calça jeans escura, uma camisa socialzinha branca com alguns detalhes em preto e um allstar para ele.

Certo a muda de roupa estava decidida, paguei com dinheiro mesmo, quando estava voltando para o estacionamento, vi uma loja de bichinhos de pelúcia.

Não resisti tive que comprar algo pro meu bebê, eu não iria me esquecer do Yuu também, é claro que não.

E para melhorar ainda mais, você mesmo escolhia como fazer o seu bichinho de pelúcia. Acho que para o meu bebê vou fazer um coelho e para o Yuu também, para não ter diferença nenhuma.

O coelhinho era branco com olhinhos fofinhos, a única diferença entre os dois bichinhos era a cor do laço no pescoço.

O do meu Kou era roxo e do Yuu era Azul Celeste, pedi para embrulhar separadamente, paguei e agora sim voltei tranquilamente para o estacionamento.

Coloquei tudo no porta-malas, entrei, liguei o carro e fui pra casa. Quando cheguei em casa, vi o Kai assistindo anime junto com os pequenos, ri um pouco. Quando fechei a porta, Kou correu para me abraçar.

- Senti sua falta mamãe!

- Eu também pequeno...

Entreguei o embrulho para ele e pedi para ele entregar o outro para o Yuu. Deixei a sacola com a roupa dele em cima da mesa, não queria perder de ver a reação do meu bebê quando ele abrisse o embrulho.

E foi mais do que esperado, os olhinhos doces brilhavam de alegria ao ver o coelhinho de pelúcia, me senti tão bem naquele momento.

Ele veio até mim e me abraçou novamente, foi para o lado do Yuu e o abraçou o Yuu corou com o presente e o abraço do Kou, me senti orgulhoso de meu bebê.

O Kai sorriu, e me agradeceu depois de uns minutos o Yuu veio e me agradeceu pelo presente também. P Kou abraçava o coelho tão carinhosamente, o Yuu também.

Fiquei olhando aquela cena tão fofa, e novamente quase me esqueci do que fazer. Lembrei das roupas do Kou, o chamei e o levei até o quarto.

O troquei carinhosamente, ele havia ficado tão fofinho naquela roupa, dei um beijinho na testa dele ele corou me abraçou.

- Muito obrigada mamãe, eu te amo muito!

Pensei que ia chorar naquele momento, como alguém pode largar uma criança tão fofa, doce e amável como o Kouyou na rua?

Prometi a mim mesmo naquele momento que NUNCA o devolve-lo para o monstro que o deixou na rua! Nunca mesmo!

- Te amo também meu bebê. - sorri

Voltamos para a sala, o Yuu ficou admirando o Kou. Senti uma pontada de ciúmes, é claro que eu teria ciúmes do MEU bebê. Tentei ignorar, fomos ao elevador e depois para o carro.

O Kai dirigia até o shopping enquanto eu ligava para o meu Rei para ver se ele estava bem, afinal ele é o meu noivo.

Depois de dois toques ele atendeu

- Reei-chan, conseguiu ?

quinta-feira, 8 de abril de 2010

[Long] Kawarazu Aishiteiru - 2° Capítulo - Sweet

Certo eu era filho único, nunca tive irmãos mais novos. COMO EU DO BANHO EM UMA CRIANÇA?!

Chamei o Rei, por sorte ele teve irmãs mais novas.

Ele veio e deu banho no pequeno, logo o Rei ganhou o apelido de Papai. Certo, mas por que eu AINDA tinha que ser a mãe?

Bufei, fui até o quarto peguei uma muda de roupas limpas para os dois, como que uma roupa de uma cara de 23 anos pode caber numa criança?

Eu precisaria ir fazer compras.

Mas por hoje essa roupa vai ter de servir, os shoppings já estão fechados.

Logo que o Rei terminou de dar banho nele eu o peguei com uma toalha, o enrolei e o pus sentado na cama.

O sequei e coloquei uma camisa nele, não preciso nem falar que ficou gigante nele. Ele tentando andar com aqui foi hilário. O Rei saiu do banho e veio se trocar. Deu-me um selinho, o rosto do pequeno se fechou na hora.

- MINHA MAMÃE!- O pequeno gritou e pulou no meu colo

Eu não pude evitar, comecei a rir.
O pequeno tinha ciúmes até do Reita, teríamos problemas.

- Mas então bebê, qual o seu nome?

- Meu nome, é Takashima Kouyou!

- Quantos anos você tem?

Uma mão bastou para que ele me mostrasse quatro dedinhos.

O Kou era tão magrinho e pequenino, parecia tão frágil... Tinha cabelos castanhos escuros que iam até o ombro dele mais ou menos, os olhos eram castanhos também, mas aqueles olhos pareciam mágicos, eram tão fofos.

O abracei e perguntei se ele estava com fome, ele afirmou com a cabeça. Fui até a cozinha e o coloquei sentado no balcão, fui preparar alguma coisa para o Kou comer, mas toda hora eu virava para ver se ele não iria cair. Droga, to parecendo mesmo uma mãe.

O Rei veio, e ficou brincando com o Kou no balcão, depois o pegou no colo e continuou a brincar.

Quando o Rei o colocou no chão, o Kou caiu depois de uns cinco passos logo tropeçou na camiseta.

Nota mental: eu REALMENTE preciso comprar roupas para ele.

Logo terminei de preparar a sopa de miso para o pequeno, chamei o Rei e pedi para que o trouxesse até a cozinha.

Ele o trouxe, colocando-o de volta sentado no balcão, o Kou tentou comer umas ou duas colheradas sozinho, mas a camisa acabou o atrapalhando todo, ri um pouco peguei outra colher e comecei a dar a sopa na boca dele.

A boquinha dele era tão rosadinha e fofinha quando terminei de lhe dar a comida, percebi que ele estava bocejando muito, olhei para o relógio e vi que já se passavam das onze e meia, realmente era para ele estar com sono. Pedi para o Rei levá-lo e lhe dar outro banho, afinal ele havia derrubado metade da sopa na camisa.

Pegou-o no colo e foi em direção ao banheiro, limpei a cozinha e peguei outra muda de roupa, quando peguei o Kou com a toalha novamente já havia pegado no sono, o troquei com cuidado para não acordá-lo.

O Koi deitou com ele na cama, fui tomar um banho quando sai me deparei com a cena em que o Reita estava sem a faixa, o pequeno estava a segurando enquanto chupada o dedo, ri um pouco e fui me deitar junto deles.

O celular do Rei despertou, acordei e vi que o Kou estava grudado em mim, tive um pouco de dificuldade para levantar sem que ele percebesse, hoje eu iria fazer compras.

Mas como o Rei vai trabalhar acho que vou ligar para o Kai para ver se ele pode ficar com o Kou ou ir junto.

Espreguicei-me, tomei um banho rápido, fiz o café do Rei, tomei junto com ele, logo peguei meu telefone e liguei para o meu melhor amigo.

Ele atendeu com uma voz manhosa de sono, ri um pouco e logo contei a historia toda, ele se matou de rir quando contei que EU era a mãe da história.

Contou-me que estava com ma guarda do sobrinho dele, os pais haviam morrido num acidente de carro onde só o pequenino sobreviveu, fiquei triste.

Sugeri que ele trouxesse o sobrinho dele aqui em casa para que ele se entrosasse com o Kou, como o Kou é um doce, acho que iria fazer bem para o pequeno.

Ele aceitou a idéia, disse que logo estaria em casa, me despedi dele e desliguei o telefone logo o Kou acordou, veio andando até a cozinha.

- Bom dia mamãe... - dizia manhosamente enquanto coçava o olho com a mão

- Bom dia bebê! - sorri ao vê-lo acordando, é talvez eu fosse MESMO a mãe da história.

O sentei no balcão igual à ontem, perguntei o que ele queria comer. Ele apenas disse q queria um pouco de leite.

Peguei um copo pequeno, para ele, logo terminou o copo de leite, devolveu pra mim e sorriu, ri quando percebi o bigodinho de leite na boquinha dele, limpei com a mão e fui dar um banho nele, ou pelo menos tentar

Comecei pegando a menor camiseta possível que tinha em meu guarda roupa, ficaria um pouco larga, mas teria de ser essa. Afinal, era a MENOR que eu tinha. Peguei outra toalha, e levei o Kou para o banheiro, liguei o chuveiro.

Já me preparei para sair em sopa daquela tentativa de banho, então peguei e fique apenas com um short, tirei a camiseta do baixinho, e o coloquei debaixo da água, ele ainda estava meio sonolento

Enquanto eu o ensaboava ele ainda coçava os olhos ainda, sorri. Tirei todo o sabão e coloquei shampoo no cabelo dele, massageie devagar para não machucá-lo

Nessa altura do banho ele já estava bem desperto, sorriu ao ver minha preocupação para não machucá-lo, me abraçou carinhosamente.

Como eu havia previsto eu estava mais molhado do que o próprio Kou, ao terminar o banho dele, peguei a toalha e o enxuguei, o troquei, e penteei o cabelo dele todinho para trás.

Ele desceu ta cama e foi até o espelho

- Mamãe, assim o cabelo do Kou-chan fica feio, tem que ser pro lado dai o Kou-chan fica bonitinho

Não pude deixar de cair na risada quando ele fez esse comentário, o peguei novamente e reparti o cabelo do lado como ele havia falado

- Assim está bom bebê?

- Agora o Kou-chan ta bonitinho! - ele sorriu

Aquele sorriso era totalmente contagiante, tive de sorrir também. Tive de tomar outro banho, já estava ensopado mesmo, quando terminei de me trocar à campainha tocou, o Kou correu até a porta, e ficou pulando para ver se consegui alcançar a maçaneta .

sexta-feira, 2 de abril de 2010

[Long] Kawarazu Aishiteiru - 1° Capítulo - Mom?!

Ruki POV

Havíamos brigado novamente, estava ficando cada vez pior, ele se importava mais com os seus papeis do que com o próprio noivo! Suspirei acendendo outro cigarro e logo dando uma longa tragada. Soltei a fumaça devagar e fiquei fitando-a, não do nem cinco minutos para ele voltar dessa vez.

Reita POV

Criança! Ele era uma criança com 23 anos! Nem posso falar que ele só tinha tamanho porque nem isso ele tinha! Bufei. Escutei uns trovões enquanto andava pelo parque, Que ótimo ainda iria chover. Escutei um choro de criança, segui o som até que avistei um menininho chorando sentado no balanço debaixo da chuva. Cheguei perto dele, coloquei o meu casaco por cima dele.

- Hey pequeno esta perdido? – perguntei enquanto me agachava na frente dele

- Ele esta aí há horas, uma mulher o largou ai. – Disse uma senhora enquanto abria um guarda chuva.

Olhei para o garotinho, parecia ser tão pequenininho, tinha uns cinco anos no máximo! O Carreguei, não iria deixá-lo sozinho aqui. Não mesmo. O levei para casa.

Ruki POV

Enquanto eu terminava outro cigarro, escutei a campainha tocar. Dessa vez ele havia ficado mais de meia hora fora, eu estava ficando preocupado. Quando abri a porta, dei de cara com o Reita segurando uma criança.

- Ao invés de agir como uma pessoa normal e me trazer chocolates como um bom noivo, me trouxe uma criança pra se desculpar?

- Para com isso chibi, eu achei esse menino no parque ele estava perdido...

- Mamãe - ele dizia erguendo os braçinhos em direção ao nosso chibi

- Achei o garotinho fofinho, mas, por que EU tenho que ser a mãe?

- Tanto faz chibi, mas olha acho que ele gostou de você!

Não resisti ao apelo do garotinho e o carreguei, o Rei entrou em casa todo ensopado, o garotinho estava no mesmo estado.

- Mas Reita como vamos criar uma criança?!

- Não vamos criá-lo, amanha vou ver se acho algum documento do pequeno para ver quem é a mãe dele...

Às vezes, é bom ter um noivo que é advogado. As vezes.

O Pequeno havia se aninhado em meu colo, já estava dormindo chupando o dedo. Admito achei aquela cena fofa, o levei até o quarto enxuguei com o maior cuidado e quando o coloquei na cama, ele acordou.

Tive que me deitar também, se não ele não iria dormir. Esse menino mal chegou e já ta ficando mimado. Tudo culpa do Reita, claro.

Ele foi chegando perto de mim, com uma mão ele agarrou em minha blusa, a outro ele chupava o polegar.

Não pude deixar de reparar o quanto aquele menininho era fofo. Certo isso não era do meu normal, mas ele era realmente fofo. Tinhas alguns traços andróginos, mas a pele branquinha lhe dava um charme irresistível a qualquer ser humano.

Depois de um tempo, quando percebi que ele havia pegado realmente no sono, tirei a mãozinha dele de minha camisa e coloquei um edredom em cima dele, quando ia saindo do quarto notei que a mão dele procurava algo para segurar, logo achou um travesseiro e se agarrou nele.

Nota mental: travesseiros são úteis.

Enquanto eu enxugava o pequeno o Rei aproveitou e foi tomar um banho, depois foi pra sala. Quando sai do quarto fui ver o que ele estava fazendo, ainda estava na sala vendo televisão. Fui até o sofá e o abracei pelas costas.

- Nee, Você acha realmente que temos condições de cuidar de uma criança Koi?

- Já disse não vamos cuidar dele, é temporário...

- Mas... E se a mãe dele não o quiser mais?

- Ele terá de ficar em um orfanato...

- Não! Não posso deixar que ele fique lá Koi... Ele parece ser tão frágil Rei...

- Ruki, é você mesmo?

Dei um tapa de leve em sua cabeça.

- Claro que sou! Só fico preocupado com ele.

- Vou fazer umas ligações, e vou ver o que posso fazer.

- Brigada nee Koi.

Dei-lhe um selinho e voltei para ver se o pequeno estava bem, mas antes que eu pudesse chegar ao quarto, comecei a ouvir um choro e logo uma gritaria

- Maaamãaaaaaaaaaaaaaaaaae

Corri para o quarto e abri a porta, ele estava chorando feito doido

- O que foi bebê o que aconteceu?

- A mamãe sumiu, e deixo o Kou-chan sozinho

Tive de falar alguma coisa para acamá-lo, mas a única coisa que me veio a cabeça foi

- Não não bebê, mamãe ta aqui !

Droga, acabei de admitir que eu era a mãe dele.

O pequeno parou de chorar na hora, logo abriu um sorriso e me abraçou carinhosamente

Não pude deixar de sorrir, enquanto o pequeno me abraçava.

- Eu te amo mamãe!

Ele me disse sorrindo mais ainda e me dando um beijinho na bochecha

Certo, não pude deixar de ficar feliz com isso. Não podia falar que não havia me apegado a ele já. Mas como ele pode confiar tanto em alguém? Não nem pensar vou deixá-lo ir pra um orfanato. Vou protegê-lo.

- A mamãe também te ama.

Tive de responder, antes que aquele sorriso se desfizesse. O peguei no colo e fui dar um banho nele

Certo eu era filho único, nunca tive irmãos mais novos. COMO EU DO BANHO EM UMA CRIANÇA?!

[Long] Kawarazu Aishiteiru (introdução)



Autora: Midori ~

Gênero: Ecchi, Yaoi e Lemon não explícito.

Classificação: 16+

Sinopse: "Enquanto eu terminava outro cigarro, escutei a campainha tocar. Dessa vez ele havia ficado mais de meia hora fora, eu estava ficando preocupado. Quando abri a porta, dei de cara com o Reita segurando uma criança.

- Ao invés de agir como uma pessoa normal e me trazer chocolates como um bom noivo, me trouxe uma criança pra se desculpar?

- Para com isso chibi, eu achei esse menino no parque ele estava perdido...

- Mamãe - ele dizia erguendo os braçinhos em direção ao nosso chibi

- Achei o garotinho fofinho, mas, por que EU tenho que ser a mãe? "

sábado, 30 de janeiro de 2010

[One-shot] Oyasumi Honey

- AH! - Era novamente o grito de Ruki que preenchia o quarto, pela terceira vez na mesma madrugada.
Aquilo estava tornando-se realmente irritante.
Preferia passar a noite em claro a voltar para o maldito pesadelo, que teimava em permanecer em seu inconsciente, não importava quantas vezes acordasse. Porém obrigava si mesmo a voltar a dormir, pois precisava descansar. Teria um live em poucas horas, o primeiro de uma série, da nova turnê de sua banda.
O loiro passara a mão por seus cabelos, frustrado, levantando-se em direção ao banheiro da suíte do hotel onde se hospedava. Não se deu o trabalho de acender as luzes, já era muita sorte não ter acordado seu companheiro de quarto, guitarrista de sua banda e melhor amigo, Uruha. O mesmo que por sua vez dormia tranquilamente, na cama oposta a de Ruki.
Olhara no espelho, assustando-se com a visão na penumbra. Estava acabado, com olheiras fundas e seus olhos eram apenas fendas, mal lhe permitindo ver o castanho escuro e profundo. Os cabelos platinados encontravam-se desordenados, de forma que nem seus tão leais gorros e chapeis dariam jeito.
Lavou seu rosto com água morna, e então pegou um pacote de biscoitos em sua mesa de cabeceira. Talvez se comesse um pouco conseguiria dormir de vez.
Deitara-se em sua cama novamente, comendo um biscoito atrás do outro. Olhara para o ser da cama ao lado, invejando-o em seu sono profundo. Seus olhos, que sabia serem de um tom castanho mais claro, encontravam-se terminantemente fechados, com madeixas cor de mel espalhadas, de forma delicada. Os lábios rosados e bem feitos estavam semi-abertos, de forma a possibilitar sua respiração lenta e ritmada.
Um leve rubor subiu à face de Ruki ao reparar o quão bonito Uruha era, mesmo dormindo. Era de se entender o porque havia proposto que o mesmo adotasse esse nome.
Já fazia algum tempo, percebera que o carinho que sentia pelo amigo havia crescido. A intimidade aumentara, e consigo trouxe uma sensação estranhamente boa. Sentia-se muito feliz com sua presença, porém cada simples olhar o fazia corar, e seus sorrisos criavam borboletas em seu estomago. Queria tê-lo perto sempre, mais perto. Porém sua timidez e orgulho impediam uma sequer palavra de passar por seus lábios.
Parara de comer, olhando pensativo para o loiro, até adormecer novamente.

Encontrava-se deitado em um chão gélido, a escuridão tomando completamente o lugar, que desconhecia. O silêncio era incomodo, não era capaz de sentir sequer um rastro de vida. Levantara-se, assustado, chamando inutilmente por alguém. A única coisa que conseguia enxergar era a si mesmo, em meio a um negror interminável. Não importava onde fosse, o quanto corresse, apenas conseguia sentir era a si mesmo. Porém, o escuro aumentara, por mais impossível que aparentasse, e então o vazio de fora instalara-se em seu peito, sugando-o lentamente para o negror, que mais parecia um vortex, sem destino final. Tentava gritar, mas sua voz já não era ouvida. Suas pálpebras fechavam-se contra sua vontade, e o frio paralisava seus pulmões, até que...
- Ruki.
Uma voz grave e conhecida pronunciara seu nome, e então sentira o calor voltar a seu corpo, através do que parecia ser um outro corpo, maior e inacreditavelmente confortável. Sentia a mobilidade voltar, e o escuro imbatível dissolver-se rapidamente.
- Está melhor?
Abrira os olhos, deparando-se com um rosto de porcelana e olhos castanhos gentis destacando-se na penumbra. Sentia seu rosto ferver ao perceber a presença de Uruha, sentado na cama ao seu lado, a mão quente e macia pousada em seu ombro direito.
- Estava gritando, de novo. - O loiro sorri ao ver a expressão encabulada e surpresa do menor. - Deve ter sido um pesadelo horrível.
- V-você escutou das outras vezes..? - Ruki perguntava, ruborizado, evitando o olhar penetrante de Uruha.
- Sim, uma vez só. - Ele respondera, olhando preocupado. - Foram quantas vezes nessa noite?
- Com essa, 4. - O loiro menor esfregava os olhos, ainda mais inchados. - Desde 1:30.
Olhara no relógio em cima da cabeceira, que batiam 4:45 da madrugada. Faltavam menos de duas horas para que precisassem levantar e Ruki sentia-se pior do que estaria se tivesse passado a noite em claro, como fez na ultima, graças à longa viagem.
- Chegue para o lado. - Uruha pediu, empurrando-o gentilmente. Puxou o edredom branco e deitou-se, cobrindo a si e a Ruki, que o olhava, atônito. - Oyasumi.
Sorriu, deitado de frente para um chocado e ruborizado Ruki, e então fechou os olhos. Percebera o olhar assustado do loiro sobre ele durante alguns minutos, mas logo sentira um pequeno corpo aproximando-se. Passou os braços por seu tronco, aproximando-o mais, envolvendo-o carinhosamente, e então adormeceu.
O Sol atravessava as cortinas, irritando os olhos de Ruki, que os abrira, desistindo de lutar contra a claridade imponente. Via apenas uma camiseta branca, braços quase da mesma cor e longas madeixas cor de mel, que faziam cócegas em seu rosto. Lembrara-se da madrugada passada, dos pesadelos irritantes e horas mal dormidas, até Uruha envolve-lo num quente e confortável abraço.
Sentia-se muito melhor, mal podia acreditar que a poucas horas atrás acordava gritando e suando frio, a exaustão pesando sobre seu corpo como chumbo. Era como se isso tivesse sido a semanas atrás e agora tivesse dormido um dia inteiro.
Sorrira, admirando novamente o rosto calmo e belo de Uruha, dessa vez a tão pouca distancia. Então vê os lábios do mesmo se curvarem em outro sorriso. De repente percebe um pequeno filete castanho, admirando-o sorrir, e afunda o rosto no edredom branco, sentindo-o arder febrilmente.
O loiro solta uma risada rouca, bagunçando os cabelos platinados do menor.
- Ohayo Ruki-kun, que bom que dormiu bem.
Ruki não respondera, apenas olhara fixamente a camiseta branca do loiro, que ainda sorria.
Ambos ouviram batidas fortes na porta do quarto, acompanhadas da voz tensa de Reita chamando-os.
- Uruha, Chibi, estão vivos? Anda, temos meia hora para estar no carro.
- Acho que dormimos demais. - Uruha disse, sentando-se na cama.
Ruki sentou-se em seguida, olhando o relógio. Realmente, estavam muito atrasados.
Levantou-se rapidamente, indo direto ao banheiro enquanto o maior arrumava as coisas na mala, agilmente para seu ritmo.
Tomou banho e vestiu-se num tempo recorde, pois já tinha separado o que precisaria usar. Assim que saiu do banheiro, foi a vez de Uruha, e então logo os dois juntaram-se ao resto da banda, seguindo em direção à casa de shows para um longo dia.
Como previsto, o dia fora realmente cansativo. Ensaios até o fim do dia, e então deram início aos preparos para o live. Todos já estavam vestidos, maquiados e para a surpresa de Ruki, conseguiram dar um jeito em seu cabelo. Podiam escutar os gritos vindos da platéia, já lotada. Reuniram-se desejando sucesso a todos, finalizando com o costumeiro grito e o sentimento de "vamos dar o melhor de nós", não só individualmente, mas como um conjunto, afinal seu trabalho consistia-se nisso, trabalho de equipe.
Entraram no palco, e a multidão, já animada, foi a loucura. Começaram com musicas animadas, Aoi sempre divertido, com suas dancinhas e Ruki usando todo seu potencial de voz, de forma a soar melhor que as próprias musicas gravadas. Reita e Kai em perfeita harmonia e Uruha, que inicialmente aparenta um tanto tenso a cada live, encontrava-se bem animado e um tanto sensual. Ruki controlava-se , evitando o olhar do guitarrista, mas o mesmo aproximara-se, passando o braço pelos ombros do vocalista e depositando um beijo em sua bochecha. Ruki sorrira para ele, deixando escapar um pequeno rubor, que desejava não terem visto. Os fãs, na maioria mulheres, gritaram ainda mais alto, chamando seus nomes e pulando. Uruha não era de fazer essas coisas; Ruki lembrara-se que antes do show o loiro ganhara uma garrafa de vinho italiano, ali estava a resposta.
Devia ter bebido um pouco além da conta. Mas, mesmo no meio do palco, Ruki não deixava de felicitar-se internamente com isso.
Ao final de duas horas, o show termina e, exaustos, os cinco são levados de volta ao hotel, onde passariam a noite para, no dia seguinte, seguir viagem. No carro, Uruha ria alto e falava besteira, enquanto os outros o acompanhavam, rindo e brincando, apesar do cansaço; exceto Kai, que quase desmaiava apos todo live. O moreno dormia ali mesmo, não importava a balburdia que estivesse.
Chegando no hotel todos foram para os respectivos quartos. Reita ajudara Kai a se arrastar até o quarto que dividiam, e Aoi trancara-se no seu, planejando trabalhar em mais musicas antes de dormir. Uruha e Ruki fizeram o mesmo, o maior levando na mão o resto do vinho e uma grande maleta, com os outros presentes dele e do baixinho.
Acabaram por terminar juntos a bebida, que era realmente gostosa. Ruki sentia o efeito vir rapidamente, apesar de ter bebido pouco. Uruha ria da expressão do menor ao matar o ultimo gole da garrafa, tacando-se na cama do maior, sorridente. O quarto encontrava-se iluminado apenas pelos abajures, que davam um ar confortável ao lugar.
- Ruki-kun é tão fraco para bebida - Uruha ria, sentado ao lado do loiro - É divertido ver você com essa cara de bobo.
- Shh, não sou bobo - O pequeno forçou uma expressão emburrada, estragando com uma risada alta. - Uru-kunn.. Tem mais vinho?
- Não, só sake - Uruha riu, mostrando um sorriso malicioso - Mas não vou abrir agora, temos que dormir, se não, ao invés de perder a carona, vamos perder o vôo.
- Ah porra, não quero dormir - Ruki xingou, sentando-se ao lado do loiro, que ria incansavelmente.
- Vamos lá, se não vai ter pesadelos de novo. - O loiro alto levantou-se, virando e inclinando-se de frente para Ruki. - Oyasumi.
Uruha depositou um beijo em sua testa, e então olhou novamente nos olhos cor de café do pequeno, que corara suavemente.
Passou os dedos finos pelo rosto de Ruki, segurando levemente seu queixo, e então aproximou seu rosto, juntando os lábios nos quentes e macios do loiro, demoradamente. Um simples toque de lábios, com gosto doce e leve teor de álcool.
Separou-se novamente, levantando e ameaçando virar-se, demorando-se, porém, no olhar do vocalista. Este, que ao perceber o fim do contato físico, levanta-se, puxando o braço do maior, que pára.
- Não saia mais de perto de mim.- A voz rouca do pequeno pedia, numa declaração indireta - Por favor.
Uruha não disse nada, apenas puxou carinhosamente o braço que Ruki segurava, um pequeno sorriso formando-se em seus lábios. O loiro menor então avança, colando seu corpo no do maior, selando seus lábios nos dele novamente. Uruha passara uma mão novamente pelo rosto do pequeno, dessa vez parando em sua nuca e a puxando para mais pero, aprofundando o beijo, provando o gosto quente da boca de Ruki, que o respondia com intensidade.
Os braços do menor passavam por seu tronco e ombros, puxando-o mais para perto de si, caminhando despercebidamente para trás, enquanto o maior o enlaçava num forte abraço. Sem querer os dois acabam por tropeçar, caindo novamente na cama onde estavam momentos atrás. Ruki ri, sorrindo radiante para o belo homem de pele de porcelana, que o envolvia completamente com seu corpo, prensando-o carinhosamente no colchão macio.
Roupas, lençóis e uma garrafa vazia espalhados pelo chão formavam um rastro, que tinha como destino uma cama de solteiro. Sobre ela, dois corpos nus - cobertos apenas pelo que restava da roupa de cama – abraçados, trocando leves carícias e beijos, naquela madrugada tão calma.
Para Ruki, aquilo era melhor que qualquer boa noite de sono. Estar ali, envolvido pelos braços quentes no homem que tanto mexia consigo, que tanto lhe proporcionava sensações intensas e boas, e pelo qual as borboletas em seu estomago batiam as asas incessantemente, vivas e alegres como nunca.
- Queria que tivesse pesadelos mais vezes. - A voz rouca e grave de Uruha sussurrava em seu ouvido.
- Eu não. - Ruki virara-se, olhando para o loiro, com a cabeça apoiada em seu peito e os dedos brincando com seus lábios. - Significaria que você não está aqui para transforma-los em sonhos.
Uruha sorri radiante, olhando para o teto; Desta vez era ele quem corava.
- Eu.. - Ruki começara, interrompido pelo loiro maior, que selara os lábios nos do pequeno repentinamente.
- ..Te amo. - Uruha completara apos interromper o beijo.
Sorriram um para o outro, as testas coladas, e então beijaram-se novamente. Uruha virou-se, fazendo Ruki rolar para baixo de seu corpo, e então se deitou sobre o pequeno, de forma carinhosa e protetora. Puxara a mão do loiro, beijando-a delicadamente, segurando-a perto de seu rosto, enquanto deitava a cabeça em seu ombro, fechando os olhos.
- Oyasu. - Ruki sussurra de forma melódica, beijando sua cabeça, com o leve aroma e textura macia dos cabelos cor de mel sobre seu rosto, por fim fechando também seus olhos.
~


- Ruki! Uruha! Vamos perder o vôo, faltam 5 minutos! - Reita esmurrava a porta, gritando estressado.
Era dia novamente, o sol batia forte e iluminava o quarto vazio e bagunçado. A porta do banheiro estava trancada e a luz acesa. Pequenas risadas podiam ser escutadas, mas o baixista não era capaz de perceber.
É, o vôo teria que esperar.

[One-shot] Oyasumi Honey (introdução)




Autora: Aline Arôxa [ryn~]
Gênero: Romance

Classificação indicativa : +16


Sipnose: "...Um leve rubor subiu à face de Ruki ao reparar o quão bonito Uruha era, mesmo dormindo. Era de se entender o porque havia proposto que o mesmo adotasse esse nome.
Já fazia algum tempo, percebera que o carinho que sentia pelo amigo havia crescido. A intimidade aumentara, e consigo trouxe uma sensação estranhamente boa. Sentia-se muito feliz com sua presença, porém cada simples olhar o fazia corar, e seus sorrisos criavam borboletas em seu estomago. Queria tê-lo perto sempre, mais perto. Porém sua timidez e orgulho impediam uma sequer palavra de passar por seus lábios. ..."
         

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

[Long] Do you love me? - 4° capítulo - I love you (Final)

Uruha P.O.V.
Ainda bem que aquele inferno já tinha acabado já tínhamos voltado as nossas vidas normais. Realmente desejei nunca ter ido viajar, realmente gostei da primeira semana, mas fazer o que nada é perfeito.


Não conseguia olhar para ele, realmente não conseguia toda vez que meus olhos encontravam com aquele olhar.


Todos ficavam me perguntando o que poderia ter acontecido na viagem, consegui apenas responder que não era ‘’nada’’ eu só havia voltado mais cansado ainda da viagem.
Todas as noites quando eu tentava dormir, aqueles dias perfeitos me vinham à cabeça, as lagrimas retornavam e assim dominavam-me.

Para piorar a situação, Sayumi não saia mais do estúdio ela estava em todos os lugares. Em tudo. Nas primeiras semanas até relevei, mas com o passar do tempo não podia nem escutar aquela voz. Escutá-la seria igual a acabar com o meu humor no mesmo instante, Yuu tentava puxar algum assunto comigo. Para o meu bem, sempre me limitava a responder um sim ou não.

A convivência estava difícil, na verdade tudo estava difícil. Eu estava agressivo com todos, e eles já estava cansados de tentar saber o que estava acontecendo.
Mais um dia se passou agora ninguém mais se aproximava de mim eu ficava excluído num lugar do estúdio. Cansei.

Chega, não agüento mais, se ele quer ser feliz com ela que seja! Eu desisto.
Deitado em minha cama, fitando o teto, perdido em pensamentos. Chegou até um momento em que pensei em suicídio... Mas era fraco demais para isso.

Fui tomar um banho para ver e relaxava um pouco, que nada. Nem com a água morna meus músculos sediam, estavam tensos demais.

Terminado o banho peguei a toalha, fui até o espelho embaçado pelo vapor d’ água, passei a mão sobre ele e vi um reflexo, assustei-me.

Estava pálido cheio de olheiras, acho que me esqueci como sorrir, na verdade esqueci-me de como é ser feliz.

Ta certo, vou sair da banda. Vai ser melhor! Eu não estou fazendo nada mesmo lá.
Nem olhei para o relógio peguei o celular e liguei para o Ruki, de começo ele estava irritado, pois já eram mais de três horas da manhã.

Mas logo ficou preocupado, me xingou muito quando falei de sair da banda, não resisti e acabei me entregando para as lágrimas, foi aí que fui obrigado a contar tudo para ele, no final de tudo ele concordou, minto na verdade apenas compreendeu, insistiu para que eu fosse falar com ele. Disse que iria pensar no caso, menti não queria olhar para ele, se eu olhasse iria desabar a chorar...

Realmente o amo, a ponto de sacrificar-me para fazê-lo feliz. Idiota na verdade, vou sair da banda que mais amo por causa dele... É tudo culpa sua Yuu. Tudo.

Liguei para o empresário, lhe informei que iria abandonar a banda, ele nada falou apenas pediu para que pensasse um pouco, insisti e ele concordou.

Certo tudo pronto. Acho que vou para a casa dos meus pais.., Passar um tempo com eles...
Ta amanhã junto minhas coisas e vou para lá. Já esta decidido.





Aoi P.O.V.


De manhã fui para o estúdio para uma reunião de emergência que o Ruki havia convocado, achei estranho não Ra normal o Ruki pedir isso, mas ele estava muito aflito quando me ligou.

Sayumi estava me ajudando com tudo, iria fazer uma música surpresa para o Kou hoje. Essas semanas ele estava muito irritado, não falava com ninguém nem nada.

Pedi para Sayumi me ajudar com a música afinal ela era professora de música, ela também ofereceu a ajuda do marido dela que era compositor... Aceitei, mas como ele não gostava muito de sair de casa ele mandava as coisas por ela.

Ao chegar ao estúdio me deparei com todos sentados numa mesa, todos menos o Kouyou!

- Cadê ele?

- Ele se foi Aoi.

- Como assim? O que aconteceu?

- Culpa sua. Você e sua namoradinha, você sabia sobre os sentimentos dele por você. – Dizia seriamente o loiro menor.

- Ah Droga! Foi tudo um mal entendido!

Sentei-me e expliquei tudo o que realmente havia acontecido, o Ruki quase me bateu por sorte o Reita o segurou.

- O que você AINDA está fazendo aqui? Ele vai embora! Corre!

Nesse mesmo instante sai em disparada, peguei meu carro e fui até a casa dele. Desci do carro e fui até a porta, toquei a campainha umas quinze vezes... Nada.

Será que cheguei tarde?

Comecei a esmurrar a porta, chorando. Droga Kouyou! Não faz isso comigo. Estava voltando para o carro quando o vi na pela janela do segundo andar, abri um sorriso trasbordando felicidade.

Certo agora é só fazê-lo notar minha presença.

Eu realmente odiava chamar a atenção, sei que é estranho devido minhas roupas... Mas realmente não gostava. Por ele poderia andar até pelado no meio da rua que não me importaria.

Para minha sorte, eu tinha pegado meu violão. Sim eu iria cantar para ele! Minha voz é terrível, mas tenho certeza que ele ira escutá-la.

Abri o porta-malas e peguei o violão preto, deve ser muita sorte mesmo. Fui até embaixo da janela dele e comecei a tocar e cantar uma música que ele conhecia
.
Não iria cantá-la inteira apenas a parte favorita dele.

Afinei um pouco o violão e comecei a cantar, aquela música...




Luna Sea – Love Song

‘’ hitori kiri janai shinjirarenai mada mayotte
kimi wo shirumade sou jibun sae mienakatta
hitori de aruita kizukanakatta kono mabushisa
subete to fureau koto sou nazeka kowakute

I miss you kimi no hitomi
I love you ukandeiru..’’




Quando fui cantar a próxima parte da música, ele colocou a cabeça pela janela, totalmente boquiaberto, fiquei MUITO satisfeito quando o vi dessa forma

- O QUE VOCÊ TA FAZENDO AQUI?

- Cantando!

- Isso eu percebi, mas por quê?

- PORQUE EU TE AMO TAKASHIMA KOUYOU! SEMPRE VOU TE AMAR!

Jurava que ele iria desmaiar ali mesmo, isso seria um problema eu teria de escolher entre meu violão favorito e o amor da minha vida. Ta eu iria largar o violão por ele, aproveitei a deixa e cantei o finalzinho da música também, que em minha opinião era a parte mais importante.

‘’...
I miss you itsu no hi ni ka kono yume wo
I love you mou ichido

So kimi to tsutaetai Love song together
sou kimi to itakatta
sou kimi wo aishiteru Love song together
sou kimi wo kono ai wo wasurenai

Love together!
Podia ter certeza que o vi enxugando as lagrimas com as mãos lá na sacada, sorri e gritei

- POSSO ENTRAR NA CASA AGORA?

Ele sumiu da sacada e logo vi a porta sendo aberta, ele ali todo corado ainda enxugando algumas lagrimas. Corri até ele, o puxei para meu peito envolvendo-o num abraça carente. Depois de alguns segundos sussurrei em seu ouvido

- Você me ama?

Ele deu um soqueou de leve em meu peito, levantou o rosto, deixando aqueles lábios perfeitos a milímetros dos meus sorrio provocante mente e depois devolveu o sussurro.

- Claro que eu te amo! Yuu fica comigo pra sempre?

Apenas sorri e o apertei mias ainda contra meu peito, eu o amava tanto, tanto tinha até medo do que poderia fazer para ficar com ele.

- Pra sempre!

Ele se soltou de meu abraço, voltou a me fitar com aquela carinha desconfiava que eu adorava

- E a Sayumi?

- Deve estar com o marido dela nesse momento, eu acho...

Ele corou e escondeu a face em meu peito, não pude deixar de rir um pouco. Com uma das mãos peguei delicadamente aquele rosto perfeito e o fiz me fitar.

- Adoro-te ver corado.

Aquilo só o fez corar mais ainda, adorei isso. Depositei de leve um selinho nos lábios carnudos de meu ruivo, agora sim o MEU ruivo o MEU AMOR.


Fim

A tradução da música

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

[Long] Do you love me ? - 4° Capitulo - Yamada Sayumi

Capítulo – Yamada Sayumi


Eles ficaram se fitando durante um tempo, ela o puxou para perto de si mesma envolvendo-o num abraço, meu sangue começou ferver. Mas eu mal sabia que isso seria apenas o começou do inferno que estaria por vir na viagem. Já estávamos no hotel fazia um tempo, faltavam apenas uns três dias de hospedagem, esses seriam os mais longos três dias de minha vida.


Depois do abraço, entramos no hotel e ficamos na área de visitas, lá havia alguns sofás e poltronas. Sentamos e começamos a conversar.


- AAH, desculpa não te apresentei o Kouyou! Esse é o Takashima Kouyou ele é meu... – Ele começou a gaguejar enquanto tentava dizer o que eu realmente era dele.


- Sou um amigo dele. – Fiz questão de dar ênfase ao ‘’amigo’’.


- Ah, prazer Sou Yamada Sayumi, digamos que sou uma ex-namorada do Yuu. - Dizia sorrindo enquanto entrelaçava um dos braços junto com o braço do Yuu.


Juro que se não fosse uma mulher, eu iria socá-la ali mesmo, ah enquanto ela se derretia toda pelo Yuu ele não fazia nada. Nada a não ser esquecer-se da minha presença enquanto ria e brincava com aquela... Aquela mulher. Decidi deixar os dois pombinhos a sós me despedi deles e subi para os corredores para pegar o elevador, depois de chegar ao meu andar, chutei a porta literalmente.


Drogaaaaaaaaaaaaaaa! O que ela tinha que vir fazer aqui? A viagem estava tão... Perfeita!


Soquei o travesseiro depois me deitei sobre ele


Estava tão bravo com ELA e com ELE também porque ele não deu um fora nela ou algo do tipo? Não ele tinha que ficar abraçando ela. Hunf. que raiva, droga. Será que se eu for embora eles vão notar? Acho que não.


Depois de muito tempo socando o travesseiro e o colchão inúmeras vezes, resolvi beber um pouco para ver se eu apagava de vez. Levantei-me e fui até o barzinho do quarto, peguei qualquer coisa e coloquei no copo, vire-o de uma vez só senti aquele liquido rasgar minha garganta, depois do quarto copo não sentia mais nada. Toda vez que bebo acabou ficando agressivo demais, se o Yuu entrasse agora pela porta, acho que eu seria capaz de socá-lo. Mas isso só iria piorar as coisas, achei melhor ir dormir de uma vez, me deitei no sofá fitando o teto fechei os olhos e nada, não conseguia pegar no sono me virei de um lado e para o outro, nada ainda. Levantei fui até o banheiro, lavei o rosto. Droga eu estava chorando...?


Não impossível, deve ser o álcool! Faz uns dois anos que não choro por nada. Eu não ia chorar por causa de um... De um... Ah droga o que to pensando?


E foi nesse momento que tudo ficou muito claro em minha mente.


Eu o amava isso já estava mais do que claro! Mas como só fui perceber agora? Pensei que fosse apenas uma paixonite, mas depois disso, está na cara que o Amo.


Nesse momento as lagrimas tomaram conta de minha face. Tentei me controlar, mas não conseguia, estava chorando inconsoladamente. Lavei o rosto novamente aos poucos fui me acalmando até que as lagrimas se secaram sobrando apenas um soluçar. Enxuguei o rosto, voltei ao quarto Não sei bem se isso seria sorte ou azar, mas ele ainda não havia chegado.


Dessa vez me deitei na cama, por ter chorado, logo peguei no sono. Acordei quando escutei a porta se abrir, olhei para o relógio, ele já marcava 04h30min AM. Não me fiz nenhum movimento para demonstrar que estava acordado, na verdade fingi continuar dormindo.


- Você finge muito mal Kou-chan!- Ria enquanto arrancava o edredom da cama.


Não consegui me controlar e acabei rindo junto com ele enquanto atacava um travesseiro nele, o abracei como se ele tivesse ficado muito muitos anos sem o velo. Ele não deve ter entendido muito bem o porquê do abraço, mas retribuiu-o carinhosamente. O soltei depois de um tempo, peguei o edredom do chão e me deitei na cama, ele logo se juntou a mim, o cansaço foi dominando-me e logo peguei no sono.

Acordei quando os raios de sol invadiram meus sonhos, abri os olhos lentamente apalpei a cama tentando achá-lo, sem sucesso. No meu lado estavam apenas lençóis amassados nada mais do que isso.

Levantei-me e fui procurá-lo pelo quarto, nada. Achei estranho mais não liguei, tomei um banho e desci para o café, logo quando entrei no restaurante me deparei com Yuu e Sayumi sentados na mesma mesa.

Ele nunca acorda cedo... Ele já ta tomando o café? Estranho.

Sentei-me junto deles, bom se ontem meu sangue já havia fervido só por ela estar abraçado com ele. Hoje meu sangue iria evaporar então, o por quê ? Simples, ela estava dando as frutas na boca dele.

Não sabia se queria correr dali ou apenas vomitar, engoli a ânsia, me levantei e peguei qualquer coisa para comer. E assim os dias foram se passando, ela conosco em todas as refeições, resumindo em tudo quanto era lugar.

Ver os dois juntos, era uma tortura sem fim, pensei em falar com o Yuu sobre isso. Quando fui falar com ele sobre ela... Ele apenas me disse:


- Cara ela não mudou nada! Ta igualzinha a antes. Sabe por que nos separamos? Porque o pai dela teve que se mudar!

Um arrepio percorreu toda minha espinha quando ele falou isso.

Então eles não terminaram porque quiseram Foi por causa da mudança, ou seja, eles não terminaram. Algo que não acabou.

Senti um aperto no coração, será que ele poderia fazer o favor de ma matar agora? Seria ótimo isso. Decidi ficar quieto, para minha sorte só faltava mais um dia para que se acabassem as diárias do hotel, nesse ultimo dia tinha planejado confessar meus sentimentos por ele, mas depois do que ele me disse, achei melhor não fazê-lo. Apenas queria que ele fosse feliz, mesmo eu não seja comigo.

Não falar com ele sobre meus sentimentos era um sofrimento sem tamanho, vê-lo com ela também. Mas se ele estava feliz, eu também estava.
Bom pela primeira vez iria apenas fazê-lo feliz mesmo que isso não fosse retribuído.

sábado, 16 de janeiro de 2010

[Long] Do you love me? - 3° capítulo - O começo de um romance?

O sol, como de costume já começava a invadir minhas pupilas, fazendo-me sempre sair de meus sonhos. Espera, ontem foi um sonho? Ou eu realmente o beijei? Abri apenas um olho, vi que não estava em meu apartamento, para minha felicidade, ontem não foi um sonho. Quando abro de vez os dois olhos, percebe que estou deitado sobre ele , quando ameaço de sair do lugar, sinto-me sendo entrelaçado pelos braços dele, fazendo continuar deitado, olhei para ele e lhe sussurrei : - desculpa, não tive a intenção de dormir assim encima de você – desviei o olhar, corado. Ele apenas me mostrou o seu sorriso torto costumeiro, não importa quantas vezes eu o veja sorrir, ele sempre faz meu coração querer saltar de meu peito.



Ficamos nos fitando durante um bom tempo, penso eu, porque cada minuto que seja com ele é muito rápido. Tudo passa muito rápido, como se fosse um flash apenas, ele pegou uma mecha do meu cabelo e começou a brincar com ela, sorri para ele.


Era como se fosse um sonho, mas como já disse tudo que é bom dura pouco, alguém começou a bater na porta. Levantei-me e fui ver quem era a camareira. Tínhamos dormido demais, já havíamos perdido o café-da-manhã. Kouyou há tinha se levantado e ido tomar banho. Como de costume peguei minha escova de dente e fui ao banheiro também, ao entrar no banheiro deparei com a silueta dele sendo refletida pelo Box de vidro, corei. Abri a torneira e escovei os dentes, quando estava prestes a sair do banheiro:


- Yuu-chan, me passa a toalha, por favor, esqueci de pega-la.


- Ahh, ta. – corei, peguei a toalha e entreguei para a mão que estava fora do Box, sai do banheiro rapidamente, queria bater em mim mesmo por ter pensado mesmo que um segundo que seja eu devia ter entrado no Box junto com ele? Corei mais ainda e coloquei a mão sobre a boca. Tinha me esquecido que a camareira ainda estava arrumando o quarto.


- Está tudo bem moço?


- Sim, sim tudo ótimo. – forcei o máximo que pude um sorriso que pudesse convencê-la de que eu estava bem, ela apenas deu os ombros e terminou a limpeza, logo foi embora.


Logo depois que a mulher havia ido embora Kouyou saiu do banho calmamente agitando os cabelos molhados, jogando a água deles em mim, sorrindo ao mesmo tempo.
- Heeey, eu já to acordado.


Ele apenas sorri e se sentou na poltrona perto da cama, ainda agitando o cabelo para secá-lo, virou em minha direção:


- Quais os planos pra hoje?


- Hm. Não sei. O que tem em mente?


- Ahh, que tal irmos à praia?


- Pode ser – Sorri, peguei uma muda de roupa e fui me trocar.


Enquanto estava me trocando, Kouyou pego o violão e começou a tocá-lo, tentei decifrar a música que estava escutando, sem sucesso. Terminando de me trocar, voltei ao quarto e sentei no braço da poltrona onde ele estava sentando, apoiei-me em seu ombro, prestando atenção nas notas que ele fazia:



- Música nova?


- É. Gostou?


- Ahh, sim. – sorri, pegando as partituras de suas mãos. – Legal, então vamos a praia?


- Ah, vamos sim, mas antes disso. Eu queria conversar com você... – Dizia desviando o olhar para o chão


- O que foi? – Meu coração começou a palpitar, engoli a seco, junteis minhas mãos percebendo que elas estavam úmidas de suor. Sim eu estava nervoso.


- Sobre o beijo de ontem... Queria me desculpar ! Não tive a intenção...


- Então você não queria?


- Não é isso que falei, foi repentino, sei lá desde ontem to meio estranho...


- Eu também... Mas não se desculpe por aquilo, eu queria, mas e você queria também?- corei.


- Sim... - sussurrou de cabeça baixa


Sorri, me aproximando dele, dessa vez delicadamente, nada de surpresas, apenas nós dois, lentamente fui aproximando meus lábios dos dele, assim lhe envolvendo num beijo. O beijo foi rápido, era como se nos quiséssemos e ao mesmo tempo não, não digo que foi estranho, pois o beijo foi... Foi... Indescritível em meras palavras. O abracei carinhosamente, o trazendo para bem perto de meu corpo, podendo sentir os batimentos acelerados de seu coração e aquela respiração acelerada pelo nervosismo. Logo o soltei, peguei em sua mão o fazendo levantar



- Mudei de idéia vamos até a feira da cidade! Mais tarde iremos a praia. Tudo bem?


- Claro! A feira é ótima, além do mais, já conheço tudo por aqui, quero fazer apenas aquilo que você quer.- Disse tentando disfarçar a leve vermelhidão em seu rosto.



Ele me levou até o centro da cidade onde estava sendo realizada a feira, foi muito divertido! Tiramos muitas fotos, fomos até várias lojas, compramos várias coisas. O dia foi se passando muito rápido, andamos quase pela cidade inteira, sempre brincando um com o outro. Como o sol já estava se pondo resolvemos ir à praia admirá-lo. Kouyou me levou até uma pedra onde podíamos subir e nos sentar sobre ela, a vista era incrível podíamos ver o sol se escondendo assim os seus raios sendo refletidos no mar criando um ambiente perfeito, as ondas batiam na rocha criando um lugar, incrivelmente lindo. Estávamos às sós na praia, sentado um bem pertinho do outro observando o pôr-do-sol mais lindo que já vi em toda minha vida.


Para me deixar ainda mais feliz, ele pegou na minha mão, assim encostei a cabeça sobre seu ombro. Ficamos assim até o sol se pôr completamente, foi muito rápido, queria poder congelar aquele momento, pena que não consigo. Logo a noite começou a reinar, mas não saímos do lugar, agora começávamos a admirar cada estrela que começava a aparecer. Começou a esfriar, eu ainda estava vestindo a camisa regata, por isso comecei a sentir frio, esfreguei mas mãos nos ombros, para conter o esfriamento de meu corpo. Kouyou apenas sorri enquanto tirava a sua blusa, falando :


- Sei que é meio estranho, mas você quer a minha blusa?- Dizia corado


- Ahh, não precisa estou bem – Tentei convencê-lo, mas não consegui conter o espirro.


Logo senti a blusa dele sobre meus ombros, fiquei feliz embora também achasse isso estranho, logo senti meu corpo começar a se esquentar. Estava feliz por estar com ele, mas isso era certo? O que os outros iriam dizer? Eu realmente o Amava? – Eram coisas que eu não conseguia parar de pensar. Estava mais confuso do que antes.
Estávamos voltando para o hotel, quando avistamos uma silueta de uma pessoa em frente à entrada principal do recinto, quando mais nos aproximávamos do lugar, mais definida ficava a pessoa de certo modo que a reconheci, no mesmo instante que a reconheci parei de andar, fiquei paralisado, Kouyou esbarrou em mim por ter parado do nada. Andei para trás, me escondendo atrás dele, para que ela não me reconhecesse, sem sucesso , chegamos a entrada do hotel, ela tocou-me nos ombros me virei para ver quem era


- Yuu, é você mesmo?- perguntava ela olhando fixamente para meu rosto.


- Sa... Sayumi? – Perguntei com minha voz falhando ao pronunciar o nome dela.

Acaboo o 3° capítulo ~ espero que gostem :3

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

[One-shot] The End of Silence

Aquela noite não poderia ser mais fria, mesmo que o inverno já tivesse cedido, recentemente, lugar à primavera.
Na madrugada gélida, deserta e sombria, só meus passos eram ouvidos, e por uma única alma; a minha própria.
Carregando apenas um único pensamento”, eu caminhava, tentando inutilmente manter meu corpo em uma temperatura estável, mesmo sabendo que você não estava aqui e que não retornaria para os meus braços para me aquecer.

Meus passos cessaram, meu rosto se virou lentamente. Atônito, não conseguia desviar minha atenção daquele lugar. Senti um aperto subir em meu peito, a brisa gelada que passou em um rasante por mim fez-me arrepiar.
Aquele banco... debaixo da cerejeira... foi lá, não é? Que tudo começou? Na primavera passada...
A estação em que você sumiu está prestes a acabar.”
Andei calmamente até a cerejeira já florida, admirando-a. Assim que olhei para cima com o intuito de observar os pequenos botões de flores, a lua crescente prateada no céu chamou minha atenção por dentre os galhos. “Os sentimentos que nascem, desabrocham à nossa volta.”
Tão sensível e belo quanto ela, pensei.

Sentei no banco ainda a admirar o céu. A única parte límpida deste era na qual a lua se encontrava, pois o resto permanecia coberto por nuvens negras e espessas.
Olhei para a árvore, recordando-me de tudo, exatamente tudo pelo que havíamos passado. A amizade sincera, o amor indescritível e o sofrimento incontestável. Tudo se misturava dentro de mim neste momento.
Essa dor que esse misto de sensações causava em minha alma era algo que eu me arrependia, pois sabia que tinha causado o mesmo a você.
Não... O que eu tinha feito à você havia sido inúmeras vezes pior. “Seu rosto sorridente ficou enevoado, já não consigo vê-lo.”

O fato de eu ser cego por meu orgulho, frieza e insensibilidade nunca havia passado por minha mente até eu perceber da pior maneira.
A última imagem que tenho, e que sempre se repete em meus pensamentos, condenando-me, é você saindo pela porta de nossa casa, seu rosto angelical manchado com uma tristeza mórbida e lágrimas escorrendo de seus olhos amendoados. Olhos que costumavam sorrir para mim.
O sofrimento de presenciar aquilo fora a coisa mais angustiante que já havia sentido.
A aflição retornava, juntamente à esta imagem. “De alguma forma, as lágrimas transbordam.”

O modo de como você me olhara acusava-me. Culpava-me de ter sido insuficiente e egoísta, sendo que a única coisa pela qual você ansiava de mim, era o retorno do sentimento que demonstrou tão fervorosa e intensamente. “Poderia ter te amado tanto a ponto de roubar meu coração.

Levantei-me do banco e apoiei minhas costas no tronco ressequido da cerejeira. Olhei para cima com os olhos marejados; a nostalgia envolvia-me de uma maneira dolorosa. “Gritei de novo e de novo para o céu noturno.”
Se eu tivesse feito de uma maneira diferente, dado mais valor a você e aos seus sentimentos, nenhum de nós estaria sofrendo. Amaldiçoava-me.
Minhas costas arrastavam vagarosamente pelo tronco, e, de cabeça, baixa, as lágrimas frustradas escorriam por meu rosto.
Antes arrependimento matasse, para que eu pudesse acabar com toda essa angústia que me consome.
Sentei-me no chão, a cabeça apoiada no tronco robusto. Pétalas que se desprendiam dos galhos da cerejeira balançavam graciosamente ao meu redor graças à brisa gélida. “Dance, espalhando os sentimentos que nascem, tanto quanto eu tento esconder as feridas.”

Tudo fazia-me lembrar você. Essa noite, tão fria e calma, as flores de cerejeira prestes à desabrochar, o local em que agora eu estava sentado. Tudo.

Algo gelado tocou sutilmente minha mão, fazendo que meu olhar fosse desviado à ela. Estava levemente molhada.
Olhei para cima, mirando o céu. Junto às pétalas que soltavam-se, a neve alva caía do céu negro que era iluminado apenas pela lua que pairava sobre ele.
Até mesmo a neve recordava-me você. Meus dedos acariciando seu rosto tão branco quanto ela, tão delicado quanto as pétalas das flores de cerejeira, e tão belo quanto a lua prateada.
Tanto quanto tento te tocar, você desvanece em meu abraço 'flor de neve'.”

Você não ia voltar... Mesmo que doesse admitir isso a mim mesmo, eu era convicto. Aos seus olhos, não deveria haver motivo que o trouxesse de volta. Mas eu o queria... o queria mais que tudo.
Nunca fui capaz de lhe dizer, mas... eu também o amava, o amava incondicionalmente. “Gritei de novo e de novo para o céu noturno para lhe alcançar.

- Uruha... - “Sussurrei para você que abraçou a lua crescente”, fechando lentamente minhas pálpebras.
- Aoi... - A voz doce fora murmurada gentilmente em meu ouvido.

Você apareceu em meu sonho essa noite.”


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Espero que tenham gostado <33