Ruki POV
Havíamos brigado novamente, estava ficando cada vez pior, ele se importava mais com os seus papeis do que com o próprio noivo! Suspirei acendendo outro cigarro e logo dando uma longa tragada. Soltei a fumaça devagar e fiquei fitando-a, não do nem cinco minutos para ele voltar dessa vez.
Reita POV
Criança! Ele era uma criança com 23 anos! Nem posso falar que ele só tinha tamanho porque nem isso ele tinha! Bufei. Escutei uns trovões enquanto andava pelo parque, Que ótimo ainda iria chover. Escutei um choro de criança, segui o som até que avistei um menininho chorando sentado no balanço debaixo da chuva. Cheguei perto dele, coloquei o meu casaco por cima dele.
- Hey pequeno esta perdido? – perguntei enquanto me agachava na frente dele
- Ele esta aí há horas, uma mulher o largou ai. – Disse uma senhora enquanto abria um guarda chuva.
Olhei para o garotinho, parecia ser tão pequenininho, tinha uns cinco anos no máximo! O Carreguei, não iria deixá-lo sozinho aqui. Não mesmo. O levei para casa.
Ruki POV
Enquanto eu terminava outro cigarro, escutei a campainha tocar. Dessa vez ele havia ficado mais de meia hora fora, eu estava ficando preocupado. Quando abri a porta, dei de cara com o Reita segurando uma criança.
- Ao invés de agir como uma pessoa normal e me trazer chocolates como um bom noivo, me trouxe uma criança pra se desculpar?
- Para com isso chibi, eu achei esse menino no parque ele estava perdido...
- Mamãe - ele dizia erguendo os braçinhos em direção ao nosso chibi
- Achei o garotinho fofinho, mas, por que EU tenho que ser a mãe?
- Tanto faz chibi, mas olha acho que ele gostou de você!
Não resisti ao apelo do garotinho e o carreguei, o Rei entrou em casa todo ensopado, o garotinho estava no mesmo estado.
- Mas Reita como vamos criar uma criança?!
- Não vamos criá-lo, amanha vou ver se acho algum documento do pequeno para ver quem é a mãe dele...
Às vezes, é bom ter um noivo que é advogado. As vezes.
O Pequeno havia se aninhado em meu colo, já estava dormindo chupando o dedo. Admito achei aquela cena fofa, o levei até o quarto enxuguei com o maior cuidado e quando o coloquei na cama, ele acordou.
Tive que me deitar também, se não ele não iria dormir. Esse menino mal chegou e já ta ficando mimado. Tudo culpa do Reita, claro.
Ele foi chegando perto de mim, com uma mão ele agarrou em minha blusa, a outro ele chupava o polegar.
Não pude deixar de reparar o quanto aquele menininho era fofo. Certo isso não era do meu normal, mas ele era realmente fofo. Tinhas alguns traços andróginos, mas a pele branquinha lhe dava um charme irresistível a qualquer ser humano.
Depois de um tempo, quando percebi que ele havia pegado realmente no sono, tirei a mãozinha dele de minha camisa e coloquei um edredom em cima dele, quando ia saindo do quarto notei que a mão dele procurava algo para segurar, logo achou um travesseiro e se agarrou nele.
Nota mental: travesseiros são úteis.
Enquanto eu enxugava o pequeno o Rei aproveitou e foi tomar um banho, depois foi pra sala. Quando sai do quarto fui ver o que ele estava fazendo, ainda estava na sala vendo televisão. Fui até o sofá e o abracei pelas costas.
- Nee, Você acha realmente que temos condições de cuidar de uma criança Koi?
- Já disse não vamos cuidar dele, é temporário...
- Mas... E se a mãe dele não o quiser mais?
- Ele terá de ficar em um orfanato...
- Não! Não posso deixar que ele fique lá Koi... Ele parece ser tão frágil Rei...
- Ruki, é você mesmo?
Dei um tapa de leve em sua cabeça.
- Claro que sou! Só fico preocupado com ele.
- Vou fazer umas ligações, e vou ver o que posso fazer.
- Brigada nee Koi.
Dei-lhe um selinho e voltei para ver se o pequeno estava bem, mas antes que eu pudesse chegar ao quarto, comecei a ouvir um choro e logo uma gritaria
- Maaamãaaaaaaaaaaaaaaaaae
Corri para o quarto e abri a porta, ele estava chorando feito doido
- O que foi bebê o que aconteceu?
- A mamãe sumiu, e deixo o Kou-chan sozinho
Tive de falar alguma coisa para acamá-lo, mas a única coisa que me veio a cabeça foi
- Não não bebê, mamãe ta aqui !
Droga, acabei de admitir que eu era a mãe dele.
O pequeno parou de chorar na hora, logo abriu um sorriso e me abraçou carinhosamente
Não pude deixar de sorrir, enquanto o pequeno me abraçava.
- Eu te amo mamãe!
Ele me disse sorrindo mais ainda e me dando um beijinho na bochecha
Certo, não pude deixar de ficar feliz com isso. Não podia falar que não havia me apegado a ele já. Mas como ele pode confiar tanto em alguém? Não nem pensar vou deixá-lo ir pra um orfanato. Vou protegê-lo.
- A mamãe também te ama.
Tive de responder, antes que aquele sorriso se desfizesse. O peguei no colo e fui dar um banho nele
Certo eu era filho único, nunca tive irmãos mais novos. COMO EU DO BANHO EM UMA CRIANÇA?!
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