Bom, é apenas de um capítulo, espero que gostem <3
More Than Best Friends ~
- E aí, onde vamos agora? – indagou Uruha aos outros enquanto retiravam-se do bar.
- Estou sem ideias. – respondera Ruki, chutando uma pedrinha alheia que havia se desprendido do asfalto.
- Idem. – Kai e Reita responderam em uníssono.
Passou-se apenas dois minutos, mas como o silêncio predominava, parecia ter passado muito mais tempo.
- Acho que vou para casa. – A voz de Aoi se sobressaiu no silêncio repentinamente quebrado.
- Se é assim, acho que também vou. – Uruha deu de ombros.
- Então acho que todos vamos. – completou Ruki. – Amanhã temos um show a fazer.
- Hai. – Concordaram todos.
- Ja ne, minna-san. – Kai sorriu, e assim, os gazeboys seguiram seus caminhos distintos.
Aoi e Uruha estavam juntos, afinal, suas casas eram bem próximas uma da outra.
Andavam lado a lado pelas ruas ainda movimentadas de Tokyo – mesmo com o relógio marcando três da manhã -, mas não se atreviam a trocar nenhuma palavra.
Enquanto caminhavam, uma loja em particular chamou a atenção de Uruha.
- Ehh, Aoi-kun! – Os olhos de Uruha brilhavam enquanto, freneticamente, ele puxava a blusa de seu companheiro.
- O que foi? – indagou Aoi, não compreendendo a repentina agitação e felicidade no rosto de Uruha.
- Olha, olha! – ele pulava e apontava para a loja a poucos metros de distância à sua frente, exatamente como uma criança faria com seu responsável.
Mas, no caso de uma criança, provavelmente a loja seria de doces ou brinquedos, só que no caso de Uruha, não poderia ser nada além de uma loja de bebidas alcoólicas nacionais e importadas.
Aoi suspirou e balançou a cabeça lentamente de um lado para o outro, reprovando-o.
- Você quer ir até lá? – Uruha assentiu, entusiasmado. - Ok.
Os dois caminhavam rapidamente e Aoi quase se estatelou no asfalto, pois Uruha havia o pego pela mão e o puxado com uma força incrível que havia sido movida por sua ansiedade.Mas, assim que chegaram à loja, o sorriso de Uruha desapareceu; a loja encontrava-se fechada.
- Nyaa! – resmungou o loiro, desapontado, com a cara grudada no vidro da vitrine.
- Como se você não tivesse bebida em casa. – Aoi soltou uma risada abafada no mesmo tempo em que revirou os olhos.
- Não aquela! – disse ele, apontando para uma enorme garrafa de sake nacional.
- Hmm... – Aoi pareceu pensar, enquanto analisava a garrafa para qual Uruha apontou. – Eu acho que tenho essa uma garrafa dessa em casa.
- Honto?! – indagou maravilhado.
- U-Un. – respondera ele, um pouco encabulado. O rosto de Uruha estava bem próximo do seu.
- Etto... – Uruha se enrubesceu e abaixou o rosto.
Aoi sorriu torto.
- Quer vir?
- Não vou incomodar, Aoi-kun? – Os olhos amendoados de Uruha estavam calmos, mas esperançosos. Não tinha como dizer não a ele, mesmo se quisesse. E não queria.
- Não. Não se preocupe. – O canto de seus lábios volumosos repuxara-se em um sorriso de canto.
Uruha sorriu animado, e, sem hesitar, envolveu seus dois braços em um único de Aoi, pendurando-se nele.
- Yosh! – O loiro exclamou. – Vamos lá!
Aoi corou suavemente, mas não deixou que Uruha o visse dessa forma, constrangido.
Andavam vagarosamente na madrugada leve e com uma brisa refrescante do outono.
Uruha, inconscientemente, acabou por estremecer assim que o vento, brevemente, soprou contra os dois.
A face do moreno voltara a ficar avermelhada quando este, para aquecer seu amigo, envolveu o braço em seu pescoço, puxando-o para mais perto de seu corpo.
O loiro surpreendeu-se, fazendo com que seu rosto também ganhasse uma cor rosada. Timidamente, ele levantou o olhar, fitando a face de Aoi. Este, por sua vez, encontrava-se com a cabeça virada para o lado oposto da face de Uruha, para que ele não visse o rubor que era presente em seu rosto.
- Arigatou, Aoi-kun. – agradeceru por fim.
- Não é nada. – respondeu ainda sem olhar para o rosto do loiro.
Não trocaram muitas palavras após isso, pois concluíram que o momento já era constrangedor por si só e não necessitava de palavras para, talvez, piorar a situação. O único comentário ouvido foi o de Uruha, qual elogiava a bela noite – ou madrugada - e, mas especificamente, a lua cheia prateada que pairava naquele céu negro límpido.
Não demoraram muito mais e chegaram à casa de Aoi.
- Ehh... Fazia tanto tempo que não vinha aqui! – disse Uruha, assim que Aoi fechou a porta. – Esse lugar não mudou nada. – Seus olhos vagavam pela casa admirados.
A casa realmente não havia mudado nadinha. O cômodo e os móveis – designadamente da sala de estar – só estavam sendo obstruídos pela quantidade enorme de fios de aparelhos eletrônicos, como: guitarras e amplificadores.
- É. – concordou ele. – Agora só está mais zoneado.
- Ah, não é tanto assim. – fez bico. – Nada que uma boa faxina não resolva. – Aoi revirou os olhos.
- Vou pegar a bebida.
- Ok. – Uruha sorriu.
Enquanto Aoi demorava-se na cozinha, Uruha dirigiu-se lentamente até o sofá, tomando cuidado para não pisar nos fios das guitarras e dos três amplificadores espalhados pela sala.
Sentou-se, e, enquanto o moreno demorava, acabou por admirar a noite, olhando o céu pela janela. Estava indeciso, perdido em seus pensamentos. Será que valia à pena contá-lo sobre seus sentimentos?
- Quer comer algo? – Aoi perguntou, aparecendo de surpresa segurando a garrafa com uma mão e o masu¹ de Uruha e o seu próprio com outra.
- Iie. Arigatou, Aoi-kun. – sorriu.
Aoi sentou-se, e, cuidadosamente, serviu Uruha, que o servira logo depois.
- Etto... Aoi-kun... – murmurou o loiro, analisando a bebida incolor posta em seu masu e apoiada em seu colo.
- Hm? – perguntara despreocupado, bebendo o líquido em uma golada só.
- Watashi... – murmurara novamente. Sua face agora possuía uma cor avermelhada.
- Nani? – indagou, não entendendo o motivo de Uruha enrolar tanto. Sempre era tão objetivo.
Ele, de repente, aproximou sua face do rosto de Aoi, fazendo com que este corasse bruscamente pela súbita aproximação repentina.
Ele o encarava completamente ruborizado, nervoso e confuso, mas Uruha não pareceu se preocupar com a expressão de Aoi, pois seus olhos amendoados encaravam os negros, ônix, de seu companheiro.
Uruha sentira sua face queimar de vergonha, timidez, mas não hesitou; juntou, brevemente, seus lábios nos grossos do moreno.
Aoi ficou atônito, seu corpo não reagiu à surpresa inesperada. Estava imóvel, pois sua mente processava diversas coisas ao mesmo tempo: sentimentos, lembranças, desejos... Tudo de uma vez só.
Seu coração palpitava ferozmente em sua caixa torácica e um friozinho peculiar desceu por sua barriga.
Uruha encontrava-se, praticamente, com todo seu sangue concentrado nas maçãs do rosto, de tão vermelho que estava. Chegava até a arder.
- Etto... – Uruha tentava achar palavras para se desculpar por seu ato, já que a expressão de Aoi não demonstrava a apreciação almejada.
Mas ele não conseguia montar as frases, pois estava eufórico, feliz, arrependido... Um misto de sentimentos embaralhava seus pensamentos.
- Gomen, Aoi-kun... Watashi... – Foi a única coisa que ele conseguira dizer antes de ser tomado pelos lábios ansiosos de Aoi.
A intensidade foi aumentando aos poucos, e Uruha acabava por deitar no sofá com Aoi sobre si. As bocas se roçavam lentamente, mas logo eram consumidas pelo desejo da carícia prazerosa que era obtida ao encostar das línguas.
Com o decorrer, os movimentos foram ficando cada vez mais determinados e, consequentemente, a temperatura dos corpos também foi aumentando.
A mão direita de Uruha pressionava a nuca de Aoi, para que os beijos ganhassem estabilidade.
Uma das mãos do moreno acariciava o corpo magro e de aparência frágil de Uruha, chegando a se demorar um pouco quando, por cima da calça, Aoi passou lentamente a mão pelo membro íntimo do loiro.
Aoi desviou seus lábios da boca de Uruha, dirigindo-se ao seu pescoço. Delicadamente ele passara a ponta de sua língua pelo lado direito do pescoço do loiro, e, assim que o sentiu estremecer, posicionou seus lábios e começara a sugar lenta e gentilmente, o pedaço da pele alva escolhida.
A mão de Uruha que se encontrava na nuca de Aoi subiu para seus cabelos negros, puxando-os delicadamente, de acordo com entusiasmo dos chupões em seu pescoço.
Com a outra mão livre, Uruha retirava ansiosamente a blusa social preta de Aoi, que por sua vez, o ajudou a encontrar os botões.
Aoi também com uma de suas mãos, adentrara a calça de Uruha, acariciando seu membro inferior ainda coberto pela samba-canção de seda carmim.
O loiro gemia ofegante, graças aos atos audaciosos de Aoi. Ao levantar o braço esquerdo que se encontrava do lado de fora do sofá, Uruha esbarrou sem querer, nas cordas de uma das guitarras de Aoi, pregando-os um susto pelo som que o passar dos dedos nas cordas fizera.
O moreno, ao ouvir o barulho, olhou rapidamente a face de Uruha – que encontrava-se úmida por causa do suor e avermelhada de constrangimento – e depois analisou o local em que se encontravam. Os únicos pontos visíveis na sala eram os altos, como: o próprio sofá, a estante da TV que possuía alguns livros, e a mesinha do computador. O chão mal se podia enxergar por culpa dos fios e aparelhos eletrônicos que estava espalhado sobre ele.
- Vamos para o meu quarto. – sugeriu por fim.
Aoi levantou-se e Uruha o seguiu, tomando uma certa cautela com os aparelhos distribuídos pelo piso de madeira clara.
Ao chegarem no quarto mal iluminado, Aoi fechou a porta, e, ao virar-se em direção ao seu futon, suas sobrancelhas se uniram. Uruha não encontrava-se em seu quarto.
Assim que pensou em virar o rosto para procurá-lo, sentiu algo gelado e úmido tocar de leve a pele alva de seu pescoço, fazendo com que todos os pelos de seu corpo se arrepiassem.
Uruha pousou suas mãos largas sobre as costas – igualmente largas – de Aoi e o empurrou lentamente até o futon.
Assim que chegara ao pé do colchão, Aoi se virou de frente para o loiro, o qual sorriu ao ver os olhos negros do moreno.
Aoi deitou de barriga para cima no futon branco de algodão, logo seguido por Uruha que deitara sobre o peito nu do moreno.
A boca de Uruha encontrara-se novamente com a de Aoi, entrelaçando-se docemente.
Já sem sua camisa, o dono dos orbes negros retirara – sem o menor cuidado ou delicadeza – a blusa que cobria o peito magro do loiro, deixando a pele branca de seu peitoral exposto.
Enquanto Uruha mantinha-se sobre Aoi, ele também retirava a calça deste, enquanto o loiro também desabotoava o jeans escuro do moreno, mostrando a samba-canção igualmente de seda, porém, esta possuía a cor azul-marinha.
As línguas tinham movimentos vorazes dentro das bocas, assim como os toques precisos de ambos.
Em um breve momento, Aoi ficou sobre Uruha, agora com seus lábios arrastando gentilmente por seu peitoril despido.
O loiro deslizava as mãos pelas costas largas do moreno, arranhando-as de acordo com a intensidade dos movimentos de Aoi, causando-o arrepios.
Assim que o moreno levantara um pouco seu rosto, Uruha passara a língua lentamente no lóbulo de sua orelha.
Aquela noite parecia ser interminável.
-
Aoi encontrava-se com suas pálpebras fechadas, sua respiração era lenta e tranquila. Dormia calmamente em um sono, aparentemente, profundo.
Uruha por sua vez estava com seu rosto apoiado no peito descoberto do moreno, mas, ao contrário deste, o loiro não dormiu; havia passado o resto da noite em claro.
Assim que o relógio em cima da mesinha-de-cabeceira próxima ao futon marcou sete da manhã, Uruha pensou em levantar-se, pretendendo ir até o banheiro para lavar o rosto, e, quem sabe, preparar um café da manhã para si e para Aoi.
Mas, assim que desencostou sua cabeça do tórax magro e definido, o moreno o puxou bruscamente, fazendo-o voltar a deitar em seu peitoril.
- Onde pensa que vai? – murmurou ele com a voz sonolenta e rouca, mordendo levemente a bochecha de Uruha, longo depois passando seus lábios em direção à orelha do loiro.
O mesmo não respondeu; apenas sorriu, e, delicadamente, encostou sua boca nos lábios fartos de Aoi, envolvendo-se num terno beijo.
Às quatro da tarde, eles se apressaram para chegar no YOKOHAMA ARENA, o local onde fariam o show, daqui a, exatamente, quatro horas.
- Estão atrasados. – murmurou Ruki carrancudo, enquanto o cabeleireiro arrumava suas madeixas.
- Ehh... – concordou Reita. – Onde estavam, hã?
- Etto... – começou Uruha, corando com a observação. Olhara rapidamente a face de Aoi, mas seu rosto era inexpressivo.
- Ele estava na minha casa. – pronunciou-se o moreno por fim, mantendo sua pose ponderada.
- Rá! – Reita sorriu orgulhoso, colocando um braço sobre o ombro de Aoi e outro sobre o de Uruha. – Mais dois para o clube! – Aoi bufou, enquanto a face de Uruha avermelhava-se mais ainda. – Agora só falta o Kai-chan. – O dono da faixa branca que encobria seu nariz sorriu maliciosamente para Kai, enquanto este se aprontava na frente do espelho, ajeitando suas trancinhas de dread que estavam fora do lugar.
- Ehh, não começa, Reita-san. – O rosto de Kai ganhou uma cor rosada. – Você sabe que eu estou firme com a Ryn-chan.
- Yare, yare. – ele riu enquanto o reprovava, balançando sua cabeça em forma negativa. – Nada que eu não resolva.
- Não se atreva, Reita-san! – Os olhos de Kai o encararam com indignação.
- Ehh, relaxa, Kai-chan. – O loiro colocou as palmas das mãos para frente e ergueu um pouco os braços, como quem se desculpa. – Eu só estava brincando. – Kai suspirou aliviado.
- Ehh, minna... – pronunciou-se Ruki, pulando do banquinho em que se encontrara para que o cabeleireiro pudesse arrumar seu cabelo. – Parece que hoje estamos mais unidos do que nunca. – sorriu juntamente com os outros. – Então vamos fazer deste show um ótimo e especial evento, ok?! Vamos arrasar! – exclamou ele, erguendo os braços pequeninos.
- Isso aí, Ruki-chibi! – aprovou Reita. – We rock!
Todos juntaram suas mãos, uma por cima da outra.
- Ichi. – Pronunciou-se Ruki.
- Nii. – Kai dissera.
- San! – Falou Aoi por último.
- Gazetto! – gritaram todos em uníssono.
Abraçaram-se os cinco ao mesmo tempo.
“A estrada que estamos andando agoraApesar de estar protegida com um muro altoNão pare, apenas atravesse-oE siga em direção aos seus sonhosAmigos, risos e um brilhante EU estarão lá” ~ Best Friends, the GazettE.
¹masu: É o copinho de madeira usado para se tomar sake ^3^ ~.
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Espero que tenham gostado, nee, minna! *-*~ Logo teremos mais histórias, ok? Essa foi apenas para abrir o blog q
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
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